Silvestre Quizembe (Silvestre Isaac Quizembe Panzo) é um artista plástico angolano, nascido em 1991, em Quitexe, província do Uíge, Angola. Demonstrou interesse pelas artes desde a infância, iniciando o seu percurso artístico ainda jovem em contacto com ateliers de artesãos locais.
Em 2004, tornou-se discípulo do artista plástico Paulo Bem Vindo, com quem trabalhou durante cerca de seis anos, período determinante para a consolidação da sua linguagem visual e do seu interesse pela pintura, escultura e experimentação de materiais.
Atualmente, Silvestre Quizembe desenvolve a sua formação académica em Artes Plásticas, sendo finalista do curso na Escola Superior de Arte e Design, em Caldas da Rainha, Portugal. A sua prática artística caracteriza-se por uma abordagem multidisciplinar, integrando pintura, escultura, baixo-relevo e objetos tridimensionais, recorrendo a materiais como cartão, metal, barro, tela e objetos encontrados.
A sua obra apresenta uma forte dimensão figurativa e simbólica, com uso expressivo da cor e recorrentes referências autobiográficas. Explora temas ligados à identidade, memória, espiritualidade e experiência humana, utilizando frequentemente auto-retratos, máscaras estilizadas e composições oníricas, por vezes associadas a ações performativas.
Silvestre Quizembe participou em diversas exposições individuais e coletivas em Angola e em Portugal. Destaca-se a exposição individual “Unirmandade”, realizada em 2018, no Centro Cultural Português (Camões), em Luanda, bem como a sua participação em mostras coletivas como “Gina Diama (Meu Nome, Minha História)” e “Fala Só”, na Galeria Artistas de Angola, em Lisboa.
Em 2016, foi distinguido com o Prémio Juventude no EnsaArte de Artes Plásticas, reconhecimento que reforçou a sua afirmação como um dos artistas emergentes da nova geração das artes visuais angolanas. Atualmente, mantém uma participação ativa no circuito artístico, colaborando com instituições culturais e galerias em Angola e no exterior.